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Álvaro Mamute - Bar Luiz lyrics

Artist: Álvaro Mamute

album: Mansa Musa


É, Pedro Paulo
Brigado ter me apresentado esse som, moleque
Brigado demais
E Valdomiro
Vê dois bolos de carne
Uma salada de batata
E chopp né, óbvio
Clássico
Tira o rolex do pulso
Cê tá no centro moscando
Avisa aos Burro do Shrek
Que nós chegamo
Eles só falam de ice, droga
Sobre o respeito que têm
Eu fico aqui me perguntando
De quem?
Se é sobre nota de cem
Fazem dinheiro de ópio
Com o coração em Nairóbi
Eu dominei até Tóquio
E empresário, roteirista
Diretor, o elevador ainda sobe
Tua profissão não é nada mais
Que meu hobby
E eu faço mais do que tu
Faço melhor do que tu
Sou Mansa Musa
E o rap é meu Timbuktu
Eu cuspo ouro
Caso não tenha entendido
Dou aula em tudo que eu sopro
Dentro do teu ouvido
E excelência é um hábito
Aristotélico, é fato
Por isso que esse meu foco, neguin
É tão puxado
Eu me dedico a ser melhor
Elevar o padrão em tudo que eu faço
Depois dedico
A ensinar passo a passo
E já salvei tantas vidas
Que isso parece minha sina
Mermo depois
De eu ter negado a medicina
E já faz anos, mudei os planos
Memo nunca tendo feito
Disse que ia fazer
Matei a responsa no peito
Num sou exemplo a ser seguido
Então aprenda com erros
Não tem felicidade a vista
Se os amores são perros
Não se iluda com o tamanho
Que que tu acha que tem
Podem até concordar
Mas tão errados também
Ninguém sabe o segredo pra ser feliz
Não importa o que diz
Então não ache
Que tá tudo por um triz
Só acredite em julgamentos
Que vierem de um juiz
E nunca negue outro chopp
No Bar Luiz, no Bar Luiz
E nunca negue outro chopp
No Bar Luiz, no Bar Luiz
E nunca negue outro chopp
No Bar Luiz
Eu me pego aqui sonhando
Com impérios e impropérios
Mas os sonhos de poder
São tão venéreos, é sério
Eu sempre me iludi
Que eu ia ser diferente
Que a humildade
Era o que eu tinha de semente
Mas eu plantei meu ego
E hoje eu colho MCs
Repetindo todas essas coisas
Que eu já fiz
Pediram bis
Sou Santos Dumont e voei no meu
Foram catorze até acertar
Não vai ser no primeiro teu
E eu sou uma divindade
Da gramática versada
É a mim que a oração
É subordinada, de nada
E antes que agradeçam
Só não se esqueçam
Que no mundo
Buraco é sempre mais fundo
Mas ali na Carioca
O tudo num é nada
Com um bolo de carne
E uma salada de batata
E um chopp
No Bar Luiz
No Bar Luiz
Teu braggadocio é trágico
O meu é biográfico
Cês vendem droga
E eu nem me refiro ao tráfico
Meu tráfego de ideias
Pavimenta gerações
Eu repito minhas letras
Sem nunca gerar versões
E falo de melodia
Sem nunca escrever refrões
Subverto o mundo
E em meia dúzia, encontro multidões
E fodam-se os milhões
Os jatos, os carrões
Quem faz pelo dinheiro
Nunca vai marcar noções
E se eu morrer fodido
Mas tocar nos teus ouvido
Pra mim vai ter valido ter vivido
Pra mim já até valeu já ter vivido
Pra mim já até valeu já ter vivido

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