Você está sintonizado na rádio Simples 432 FM Sejam todos bem-vindos, façam uma boa viagem Com enorme prazer nós viemos apresentar o Carmim Carmin (Carmin) Carmin (Carmin) Essa é a história do inseto cochonilha Desde a invasão dos demônio branco tá na guerrilha O sangue das nossas mulheres nos protege E eles tiveram coragem de usar isso como armadilha Nossas almas enfiadas na produção das fábricas Sem tempo pra derrubar lágrimas Nossa essência pra alimentar suas máquinas Construindo luxos que a gente nunca vai ter, não, não Acordemos pra ver O quanto um patrão cuzão suga um funcionário Igual quando Hernán Cortez pisou aqui nas terras latinas Fez todo mundo de otário e hoje paga um salário Para nós ser o Pedro pedreiro do seu castelo fascista Carmin, já vi que vai ter sangue na pista Nóis' tá na febre, tá zica, prepare-se pra viagem Seus felas, vocês nos devem, foda-se, nos paguem Carmin (Carmin) Carmin (Carmin) A um passo do infinito, a um passo de ser passado Pelos vermes sem atrito só porque ele achou suspeito Tô no jogo pelo ferro e fogo, pense somos loucos Passa o forro, isso não é barroco, ginga brasileira Nosso soco mais do que um reboco, queremos o troco Pai caboclo vida vale pouco, chama capoeira Não mais passem pano Carmin (Carmin) Carmin (Carmin) Me deram uns três anos, alguns meses de vida Já fico feliz de estar vivo na semana que vem Aqui é onde nós vive cada dia como ninguém Cada dia como se fosse o último suspiro, meu bem Calma, meu bem, a vida é memo' um sopro E de um dia p'ro outro tudo se desaba ou se constrói Mas somos mais que pouco, cansamos desse jogo Que hora a gente vai matar o rei e os falso herói? Carmin (Carmin) Carmin (Carmin) Carmin (Carmin) Carmin