Lá vem o trem, sem freio e sem direção (Música)
Destruindo lares, casas em construção
Coração disparou, lágrimas não parou
É o fim, trágico, não terminou
É, longe, bem distante, fora do alcance
Pra um lugar que eu nunca ouvi falar
Desnecessário, tratores que nos derrubaram
Poeira, o que restou pra mim madeira
Fogueira, fumaça na estrada
Avenida interditada
Briga, polícia intimida, na rua é o rapa, se afasta
Recua, viatura, prefeitura, raiva, meia volta
Na revolta o troco me alimenta
O sustento eu garanto
Meu adianto sou eu por mim
Que fiz, eu entendi, me proibi
Por que me privar, trabalhar, quer se livrar
Cadeia me jogar nem pensar
Guerrear, sair na mão, multidão
O furacão a todo vapor a nosso favor
As câmera escondida, propina, fim da linha
Brava gente denuncia
Paralisa, negócios da china
Coréia, coreano, dominando enfesa
Favela quebra-quebra
Escorrega, levanta esperança
Nas criança caçula a fortuna
De carroça na dificuldade
Que dia quente, valente, salve os camelô
Força, ratatá barracos, multiplicou
Formigueiro avassalador
Periferia na sintonia certa
Sem terra, sem teto, treta
É um Brasil pra mim, música!
(Lá vem o trem) Música!
(Lá vem o trem) Música!
Lá vem o trem, sem freio e sem direção
Destruindo lares, casas em construção
Coração disparou, lágrimas não parou
É o fim, trágico, não terminou
Só
É Alah, na fé que eu tenho eu vou te pedir Alah
Que essa destruição não chegue aqui Alah
Daqui pra onde eles vão me jogar Alah
Vai ser difícil eu me reconstruir
Eu vi, vários sonhos subir por aqui
Multidão, invasão, povo só quer ser feliz
Sem terra, sem teto, esperando o que Deus dá
E se deus não dar diz como é que vai ficar
Nega eu sei você sonhou em ser feliz
Vem cá ter um barraco, um filho
Me diz, sei lá a gente vai pra rua protestar
A gente e a multidão, ferro ruim de quebrar
Ocupação em massa, faixa do MST
Conflitos, feridos, um prato cheio pra TV
A onde foi a multidão depois que o trem passou
De que vive você que hoje não é mais camelô
Cê reclamou de amor e chorou o fim da novela
Se emocionou ao ver que ele termina com ela
Eu sou a real que não volta, filho sem terra
Vendo o trem passar destruindo a nossa favela
Nosso beco, nossa viela, nosso lugar
Tá pouco pra chorar, diz pra onde vai voltar
Meu filho quer dormir, quer um lugar pra ficar
O que eu vou fazer quando o inverno chegar
Eu sempre acreditei na vida, em um teto Alah
Mas morri também quando vi o trem passar
Lá vem o trem, sem freio e sem direção
Destruindo lares, casas em construção
Coração disparou, lágrimas não parou
É o fim, trágico, não terminou
Lá vem o trem
Lá vem o trem
Destruindo, destruindo, indo, indo
Lá vem o trem
Destruindo, destruindo, indo, indo, indo
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