"Toda jornada Começa na mente" Um voo de repente Te leva mais baixo São Sebastião Erguido no altar A peste também precisa respirar E o sangue corre adiante Nunca para de sangrar Dos espasmos no rosto Dos roubos, dos subornos Algo não quer se calar Se quem passa por essa porta Perde o dom de falar Melhor o gemido dos animais Palavras não vão nos salvar Numa piscina de dinheiro Cheia de homens em desespero Que contam quanto podem te pagar Nos quartos de cima Quando as portas se fecham Eles param de respirar O êxtase ao ver o brilho dos seus olhos Se dissipar Porque nós insistimos nisso Essa forma violenta de ser Eu amo o que isso faz comigo Toda noite eu volto a acreditar Nos meus instintos, meus abismos Quantas desculpas puder dar Ofertando outras pessoas Pra chegar até você E só eu posso te ver A fome me dá ânsia de vômito As paredes do meu estômago comem umas as outras Meu corpo não aguenta mais não ser o seu Essa sensação de ser um objeto Eternamente incompleto Eu manipulo os restos E espero Sair sem dignidade Não importa a idade Em que eu alcançar tal liberdade Nós mergulhamos nisso juntos Você é como a língua de corpos esquecidos que retornam Ao te ver eu aprendi que o sacrifício alimenta esse solo Tudo que eu não sou e poderia ser Ainda existe Tudo que você foi agora é muito mais Pelo meu amor e a minha febre, que também te inscrevem No mesmo movimento até o fim Uma espiral que consome tudo que deseja fugir Não tem brisa na floresta que me envolve Eu mal vejo a luz entre as árvores disformes Mas saiba que se um dia eu conseguir sair daqui Minhas pernas vão me levar até onde eu me perdi Não tem brisa na floresta que me envolve Eu mal vejo a luz entre as árvores disformes Mas saiba que se um dia eu conseguir sair daqui Minhas próprias pernas vão me levar até onde eu me perdi Até onde eu me perdi Se você estiver ali