Pra onde posso ir sem me carregar? Não há outro "eu" em outro lugar Então encaro o desafio de transformar Transformar aquilo que me forma Veloz, veloz, veloz Veloz Mas atrás da janela é ainda minha visão cortando Cortando outro lugar Sempre a minha ideia, sentindo e gravando Lá fora outra imagem Rápido como as árvores se tornam manchas A ação mistura o real e o inventado Já falei sobre isso antes Sobre pés e rodas marcando caminhos E o sabor da morte em meus sentidos Devo ir sugando cada instante E o que nós vamos guardar Vamos guardar destes dias? E o que nós vamos guardar Vamos guardar Os flyers e as fotos? As cartas e os mortos que não deixamos de enterrar? Os velhos lugares tem novas pessoas Quanto tempo vão durar? Mudar o mundo será apenas mudar o mundo de lugar? Se o conteúdo se refaz é preciso quebrar, mudar a embalagem