Olhe para essas mãos que não tem força pra arrancar os próprios olhos Que escrevem por folhas brancas E escrevem por cima de outras linhas também Escrevo sobre o que não sei E falo o que nem sempre faço, Apenas pra tentar fazer você sentir o que sinto Desenhei a melhor imagem de mim Dilacerando corpos, cortando os pedaços de quem eu amava Sou os vales e montanhas que meu humor imita As águas que eu temi e as noites que tentei enfrentar Nesses dias em que tudo parece estar impregnado do seu contrário Eu me estilhaço em cacos... E o corpo se refaz a cada instante Nesses dias em que tudo parece estar impregnado do seu contrário Pensar incomoda como andar a chuva Quando o vento cresce e parece que chove mais