Você saiu correndo, nem esperou o café Disse "tô com pressa, não dá tempo, não dá pé" Eu me espreguiçando, nem tentei entender Olhei pra sua xícara vazia e pensei "Tal qual a vida do meu bem" Hoje que você consiga ser o que precisa ser Convença os personagens desse seu filme clichê Pague as contas, pegue a grana, engula os sapos, mas pra quê? Também não sei! Com pessoas e momentos que dispensem sua atuação Já não consegue se envolver, se divertir, então Quem tá com pressa, hoje, Marlon Brando, sou eu Aquele meu escravo displicente e sisudo Hoje eu desconheço, até parece que é mudo De seu proprietário, um proletário e o sistema Controla sua vida, sua mente pequena Mas sem chicotes, nem algemas Que pena! Hoje que você consiga ser o que precisa ser Convença os personagens desse seu filme clichê Pague as contas, pegue a grana, engula os sapos, mas pra quê? Eu não sei Com pessoas e momentos que dispensem sua atuação Já não consegue se envolver, se divertir, então Quem tá com pressa, hoje, Marlon Brando, sou eu