Passa o tempo, sopra o vento E eu não consigo conceber certas verdades Eu tô preso entre as montanhas Num buraco que eles chamam de cidade Violência adolescente, exagero de consumo Boca do monte já virou boca do fumo Pela arte do oprimido O indivíduo reivindica o seu lugar Pela goela o comprimido Que a sociedade insiste em se dopar Por esquinas da cidade pula samba engarrafado Enquanto há outros na garganta do diabo Há racismo, homofobia Inibindo toda forma de pensar Há mulheres transgredindo Evoluindo seu conceito de vulgar Há cavalos imponentes e polícia militar Santa Maria: Ame ou deixe-a Sei que há vida inteligente Nessa cidade tão santa e tão carente Tão carente de compaixão