Prédios, concreto Rua, asfalto Gente, dor Prédios cobertos Ruas cheias Gente e amor Todos vêem o bloco passar Mas ninguém quer cantar Urbanos campos Que semeiam O interior Luzes e cores Que habitam Pra compor Todos vêem o bloco passar Mas ninguém quer cantar O silêncio e o medo da paz Ninguém quer arriscar É quando nos vemos Com nitidez Água límpida e calma Outra vez Quando a chuva e a prece Se fazem canção E sentimos o outro Na nossa oração Não é meu deus, minha vida Minha guerra, meu lar É a verdade escondida Na sala de estar E a natureza contida Te chama ao luar E na mesma batida Podemos vibrar Caminhando e cantando E seguindo a canção Somos todos irmãos Braços dados ou não