Marchando ao pé do brazero Conta o causo de anedota E o fogo véio' canteiro Me aquenta o bico da bota E pra cantar o Brasil inteiro Sai do fundo da grota Fui criado na campanha Em rancho de barro e capim Por isso é que eu canto assim Pra relembra meu passado Eu me criei arremendado Dormindo pelos galpão Perto de um fogo de chão Com os cabelo enfumaçado Quando rompe a estrela D'alva Aquento a chaleira Já quase no clariá o dia Meu pingo de arreio Relincha na estrevaria Enquanto uma saracura Vai cantando empulerada Escuto o grito do sorro E lá no piquete Relincha o potro tordilho Na boca da noite Me aparece um zorrilho Vem mijá perto de casa Pra inticá com a cachorrada ♪ (O pai da gauchada) Numa cama de pelego Me acordo de madrugada Escuto uma mão pelada Acoando no banhadal Eu me criei xucro e bagual Honrando o sistema antigo Comendo feijão mexido Com pouca graxa e sem sal Quando rompe a estrela D'alva Aquento a chaleira Já quase no clariá o dia Meu pingo de arreio Relincha na estrevaria Enquanto uma saracura Vai cantando empulerada Escuto o grito do sorro E lá no piquete Relincha o potro tordilho Na boca da noite Me aparece um zorrilho Vem mijá perto de casa Pra inticá com a cachorrada Ivonir vem, canta um verso aí Eu como sou fã do Baitaca, vou cantar um verso Abri meu peito Reformando um alambrado Na beira de um corredor No cabo de um socador Quas' mão rodeada de calo E no meu mango eu dou de estalo E sigo a minha campeirada E uma perdiz ressabiada Voa e me espanta o cavalo Quando rompe e estrela D'alva Aquento a chaleira Já quase no clariá o dia Meu pingo de arreio Relincha na estrevaria Enquanto uma saracura Vai cantando empulerada Já ouço o grito do sorro E lá no piquete Relincha o potro tordilho Na boca da noite Me aparece um zorrilho Vem mijá perto de casa Pra inticá com a cachorrada Ê Baitaca, abre o peito parceiro véi Eu já abri parceiro véi Lá no canto do capão O assoviar de um nambú Numa trincheira o jacú Grita o sabiá nas pitanga E bem na costa da sanga Berra a vaca e o bezerro No barulho dos cincerro Eu encontro os bois de canga Quando rompe e estrela D'alva Aquento a chaleira Já quase no clariá o dia Meu pingo de arreio Relincha na estrevaria Enquanto uma saracura Vai cantando empulerada Escuto o grito do sorro E lá no piquete Relincha o potro tordilho Na boca da noite Me aparece um zorrilho Vem mijá perto de casa Pra inticá com a guapecada