Ei! Tu! Tu que queres ver o mundo antes que os outros te contem;
Que o amanhã seja ontem, que o futuro seja agora;
Alguém que já foi embora te pede: toma cuidado!
E, por tudo o que é sagrado, não joga tua vida fora!
Chega junto da janela, menino!
Vem sentir a boa nova no ar!
Há um tesouro escondido num lugar teu conhecido.
Vim pra te mostrar!
Permite que eu desmonte, menino!
Quero, ao meu cavalo, dar de beber!
Dessa paz que habita os montes, aprendi com as fontes,
Quero te dizer!
Esse tesouro que eu falo, menino,
É a obra-prima do Criador.
Um luta por ele e chora, enquanto
Outro o joga fora,
Sem lhe dar valor!
É preciso que se entenda do que é que falam os sinos;
Que desse toque de magia só a mão divina é capaz;
E que esse brilho que há nos olhos é diferença, menino,
Que a vida tem, que a vida faz!
Que essa frágil chama acesa é a diferença, menino,
Entre o escuro da descrença e a fé que recompensa o devoto;
E entre a lágrima que rola no calor do abraço, menino,
E a dor do pranto no frio da foto!
Quem me pediu que viesse, menino,
Já, faz tempo, desse pago mudou;
Mas mandou alguns exemplos do tesouro que há no templo
Que Ele te deixou:
Olha ali naquele pátio, menino,
A boneca esquecida no chão;
Parece um brinquedo caro; os olhos, de um azul tão raro,
Brilham num clarão;
Agora, olha a criança, menino!
Repara nos olhos cheios de amor!
Vê que o brilho vem de dentro, de algum ponto lá no centro,
Muito além da cor!
É preciso que se entenda do que é que falam os sinos;
Que desse toque de magia só a mão divina é capaz;
E que esse brilho que há nos olhos é diferença, menino,
Que a vida tem, que a vida faz!
Que essa frágil chama acesa é a diferença, menino,
Entre o escuro da descrença e a fé que recompensa o devoto;
E entre a lágrima que rola no calor do abraço, menino,
E a dor do pranto no frio da foto!
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