Numa aquarela, o Divino Pintor Pintou a mata, o rio e a flor; No manto da noite, bordou pirilampos; E os braços dos Andes se ergueram dos campos Louvando o Criador! E, ao pé dos montes, a mão do Senhor Lançou misturas de raça e de cor; Os rios correntes e os ventos andinos Semearam sementes do povo latino, Na terra do condor! Mas pelos mares chegou o pior Vieram cobiça e o julgo opressor E esse solo sagrado se encharcou de suor Na mão do explorador (América! Sul América! Luta América! Une, América!) Não se explica a falta do pão Onde a riqueza já brota do chão. Sombras estranhas impõem seu jogo, Desde a Amazônia à terra do fogo; Pátria da exploração! Mas o remédio que fecha as feridas São vozes unidas dizendo que não! A escravidão só será abolida Quando surgir uma América unida, Todos de mão na mão! Grita que basta! e teu povo erguerá Muitas bandeiras mas uma nação E o teu sangue latino um dia se mesclará Em um só coração (América! Sul América! Luta América! Uni, América!) (América! Sul América! Luta América! Une, América!)