Troteia o meu colorado Pisando leve no chão Trocando orelha flutua Por um bueno e bem redomão Até parece que escuta Temblar o meu coração Que bate igual a um sincerro Nos fundos deste rincão Eu vivo de pago em pago Domando pelas estancias Tirando as bardas da vida Desempachando distância Mas não consigo avançar A mais ariscas das ânsias Que em tropilha vontade Da tua silhueta e fragrância A saudade que eu carrego Tem nome e sorriso largo E é por ela que eu forcejo Na rudez do meu encargo Lidando com aragano De solaço sem embargo Sabendo que ela me espera Com abrigo e mate amargo ♪ Dobrei muito caborteiro Dos maleva e cusquilhoso Maula negador de estrivo Desconfido e melindroso Mas fico assim acanhado Quando teu jeito mimoso De tomar rédea e cabresto Com este olhar malicioso E quando o Sol for sumindo No horizonte aos pouquinhos Eu quero afrouxar a cincha Na noite dos teus carinhos Ver a Lua destapada Por sobre o val dos caminhos Clareando o amor bonito Que habita o nosso ranchinho A saudade que eu carrego Tem nome e sorriso largo E é por ela que eu forcejo Na rudez do meu encargo Lidando com aragano De solaço sem embargo Sabendo que ela me espera Com abrigo e mate amargo Tenho sofrido com a lida Domando e sendo domado Costeando potro a tirão E a gorpe' sendo costeado Mas quando ela pega o grito Sinto o meu peito aporrear Mirar de freio com a gana Me formar sempre ao seu lado A saudade que eu carrego Tem nome e sorriso largo E é por ela que eu forcejo Na rudez do meu encargo Lidando com aragano De solaço sem embargo Sabendo que ela me espera Com abrigo e mate amargo Com abrigo e mate amargo Com abrigo e mate amargo