Um boi se desgarra da tropa que estende E vira a cabeça direito ao capão Convido o cavalo, que pronto me atende E sai arrancando capim e torrão Assim corto o rastro do boi que se apura E o laço certeiro me voa da mão Se alinha nas aspas a cincha segura E o flete conhece o serviço do peão É doce de boca, domado a preceito Do andar das crianças e até do patrão É manso e tranquilo, mas sempre de jeito Se acaso lhe toca correr boi e gavião É doce de boca, domado a preceito Do andar das crianças e até do patrão É manso e tranquilo, mas sempre de jeito Se acaso lhe toca correr boi e gavião Chama ela, Tarumã ♪ Então desencilho o crioulo gateado Que chega faceiro por ver o galpão Enfim, resfolega de lombo suado A lida comprida e as rédeas no chão É o pingo crioulo que segue na estrada Bandeira do pago, fiel tradição Heráldico flete que pelas manadas Resiste tal fosse um gaudério brasão São esses cavalos que a vida nos leva Heróis esquecidos nessa evolução Parceiros de campo que o tempo maleva Reponta em silêncio, além do rincão É doce de boca, domado a preceito Do andar das crianças e até do patrão É manso e tranquilo, mas sempre de jeito Se acaso lhe toca correr boi e gavião