Não chora, menina, não chora Porque foram-se os cardeais Se cantavam na prisão Campo afora cantam mais Tanta gente anda vagando Sem saber onde pousar Mas as aves, só voando É que podem se encontrar Você ainda não sabe O que cabe nessa paz Quando a gente abre as asas Nunca mais, nunca mais Quando a gente, abre as asas Nunca mais, nunca mais Era tão triste, menina Não tinha aceno esse cais Na despedida eram dois Depois, depois serão mais A gaiola abriu as asas Porque até a prisão se trai E o campo se fez casa Para o canto dos cardeais Você ainda não sabe O que cabe nessa paz Quando a gente abre as asas Nunca mais, nunca mais Quando a gente, abre as asas Nunca mais, nunca mais Tinham as asas de punhais E levavam os olhos em brasa É por isso que esses pássaros Sempre fogem e voltam pra casa Você ainda não sabe O que cabe nessa paz Quando a gente abre as asas Nunca mais, nunca mais Quando a gente abre as asas Nunca mais, nunca mais Quando a gente abre as asas Nunca mais, nunca mais Salve, Cézar Passarinho!