É tudo por causa da pilcha, vamo lá Pandeirão, vem o mestre na palma da mão A cordeona resmungava As morenas se cruzavam Vez por outra me bombeavam Por causa, assim, da minhas pilcha A rastra e a bota igual, lenço de seda encarnado O pala branco oriental sobre o jaleco bordado Camisa meio social de um negror acetinado Bombacha gris de tergal, cheia de favo dos lado A faca e o chapéu grande deixei na entrada da festa Pois sei o baile que presta e a respeitar o ambiente É costume da minha gente, se pilchar bem a preceito Que até um feio agarra jeito e se acomoda de frente E a noite corria frouxa, gaita, violão e pandeiro Nisso um olhar mais matreiro que me campeava angustiado Me encontrou ainda oitavado sem mais ninguém por testigo Por essas coisas que eu digo: Hai que se andar bem pilchado A rastra e a bota igual, lenço de seda encarnado O pala branco oriental sobre o jaleco bordado Camisa meio social de um negror acetinado Bombacha gris de tergal, cheia de favo dos lado E Giovani, cadê a palma da mão de vocês É pra cima, Caxias É o festeiro aí que eu me refiro Me encorajei pra uma marca numa vaneira bocona E fui tirando essa dona que me mirava indecisa Se era o negro da camisa ou o encarnado do lenço Que lhe causava desejo, a explicação não precisa O pala abanou na volta na cintura da morena Que dançou na cantilena que se dá em baixo da quincha A conquista vem na cincha e o resto é pura bobagem Que a metade é da coragem e outra metade é das pilcha A rastra e a bota igual, lenço de seda encarnado O pala branco oriental sobre o jaleco bordado Camisa meio social de um negror acetinado Bombacha gris de tergal, cheia de favo dos lado A cordeona resmungava Vez por outra me bombeavam Por causa, assim, da minhas pilcha 'Brigado