Quem traz o campo num floreio de cordeona E um tilintar de choronas nas madrugadas tropeiras Tem nesses fundos o berro da gadaria Orquestrando as sesmarias, num concerto de fronteira Por orelhano, não tenho marca e sinal Par de rédeas e um bocal não me bastam pra ser feliz E toda vez que estendo um xucro na estrada Sinto a alma enraizada no garrão do meu país E toda vez que estendo um xucro na estrada Sinto a alma enraizada no garrão do meu país Sou do Rio Grande, sou da pátria de à cavalo Por isso que não me calo pras modas que vem de fora Chuva guasqueada e geada grande não entanguem Quem tem a pampa no sangue e o coração nas esporas Minha rebeldia tem sotaque e procedência Cerne puro de querência templado pelo rigor Todo pampeano, que canta a terra nativa Conserva uma história viva mesmo depois que se for Todo pampeano, que canta a terra nativa Conserva uma história viva mesmo depois que se for ♪ Nas campereadas forjei a sina vaqueana Sovando basto e badana, groseando casco de pingo Firme na crença, de que a vida se ilumina No sorriso de uma china numa tarde de domingo Nalgum bolicho, na volta de um corredor Já fui peão e fui senhor oitavado junto à copa Se me extraviei, campeando algum movimento Fui me encontrar pelo tempo, nalguma ronda de tropa Se me extraviei, campeando algum movimento Fui me encontrar, pelo tempo, nalguma ronda de tropa Sou do Rio Grande, sou da pátria de à cavalo Por isso que não me calo pras modas que vem de fora Chuva guasqueada e geada grande não entanguem Quem tem a pampa no sangue e o coração nas esporas Minha rebeldia tem sotaque e procedência Cerne puro de querência templado pelo rigor Todo pampeano, que canta a terra nativa Conserva uma história viva mesmo depois que se for Todo pampeano, que canta a terra nativa Conserva uma história viva mesmo depois que se for Sou do Rio Grande, sou da pátria de à cavalo