Eles são três companheiros Distintos na identidade Forjando a cumplicidade No velho ofício campeiro São três irmãos galponeiros Levados no mesmo embalo Por entre tirões e pealos Vão resumindo as distâncias Os três soldados da estância Campeiro, cusco e cavalo Vão patrulhando as lonjuras Dessa querência estendida E, em cada etapa da vida Vão madurando a procura Buscando a volta segura Tirando um golpe mais brusco Com sol ou no lusco-fusco Num dia brando ou mais potro Cada um cuida do outro Campeiro, cavalo e cusco Campeiro, cusco e cavalo Timbrados com o mesmo pó Campeiro, cusco e cavalo Três galhos de um tronco só Campeiro, cusco e cavalo Timbrados com o mesmo pó Campeiro, cusco e cavalo Três galhos de um tronco só ♪ São três monarcas pampeanos Curtidos de terra e céu Ramais do mesmo sovéu Que entra ano e sai ano Dividem seus desenganos No exílio desses potreiros São confidentes, parceiros Pelos verões e invernias Nessa imortal trilogia Cavalo, cusco e campeiro Um deles pensa e repara Na vida que vai levando Os outros seguem troteando No instinto de quem não pára E nessa amizade rara Que nunca vai separá-los A pampa, como a saudá-los Derrama luz nas planuras E, caprichosa, emoldura Campeiro, cusco e cavalo Campeiro, cusco e cavalo Timbrados com o mesmo pó Campeiro, cusco e cavalo Três galhos de um tronco só Campeiro, cusco e cavalo Timbrados com o mesmo pó Campeiro, cusco e cavalo Três galhos de um tronco só