Um potreiro junto às casas Pra cavalhada da encilha Silhueta de estância grande Mouras, gateadas, rosilhas Se perfilando na forma Aos gritos do peão ponteiro No ritual velho campeiro De embuçalar a tropilha Um casal de joão barreiros No galho da pitangueira Que amanhaceu florecida Com brilhos de primavera Bombeiam longe seu rancho Erguido junto à tronqueira No costado da porteira Portal de campo e espera Num florão de pingo Num trote chasqueiro Se vai o campeiro De novo pra lida, O jeito de estância A alma de campo Saudade de um rancho Num sonho de vida Na volta da campereada No fim de mais outro dia Um mate bueno cevado Com gosto de nostalgia Quem sabe as almas do campo Deixem a prenda na espera Para me abrir a cancela Com saudade e alegria Quem sabe a tarde se finde Num pôr de sol da campanha E eu siga mateando manso Bombeando ao largo o potreiro Talvez por ser um fronteiro Tenha o destino de tantos Cuidar tropilhas e campos Junto à um casal de barreiros.