Quando a alma de fronteira morde o freio e longe vai O silêncio se emociona, transformado em Sapucai O meu baio troca orelhas e parece que prevê Que o instinto me convoca pra bailar um chamamé Troco o flete pelo barco o Uruguai se faz pequeno Pra saudade que eu abraço quando abro estes dois remos O meu peito tem remansos, camalotes, cachoeiras E nas cheias lava as mágoas aumentando as corredeiras A bailanta é de campanha, não tem luxo no lugar Mas tem uma correntina que acorrenta o meu olhar Traz nos olhos dois candeeiros que não cansam de luzir E a magia da lunita que ilumina Taraguí A bailanta é de campanha, não tem luxo no lugar Mas tem uma correntina que acorrenta o meu olhar Traz nos olhos dois candeeiros que não cansam de luzir E a magia da lunita que ilumina Taraguí ♪ Só quem mora na fronteira sabe o antes e o depois De quem tem um só destino, mas divide ele por dois Pois quem ama na Argentina, mas trabalha no Brasil Traz a alma canoeira recortada pelo rio Um cambicho desconhece as fronteiras e a distância Não importa se o sujeito é doutor ou peão de estância Chega manso e nos envolve, mesmo sem dizer porquê E é por isso que eu me encharco de fronteira e chamamé A bailanta é de campanha, não tem luxo no lugar Mas tem uma correntina que acorrenta o meu olhar Traz nos olhos dois candeeiros que não cansam de luzir E a magia da lunita que ilumina Taraguí A bailanta é de campanha, não tem luxo no lugar Mas tem uma correntina que acorrenta o meu olhar Traz nos olhos dois candeeiros que não cansam de luzir E a magia da lunita que ilumina Taraguí