Se amanheço mal dormido reinando e de bofe azedo Viro o mate, quebro a cuia, saio coiceando o cusquedo Acordo quem tá dormindo com os gritos da guaipecada Faço um tendéu na mangueira dando pau na matungada Ao adentrar na mangueira uma zebua me atropela Esfiapo um toco de trama batendo nos corno dela É vaca, cavalo e home' disputando o mesmo espaço Até minha sombra se esconde de medo de entrar pro laço Meto o bocal no sebruno que dos mau esse é o pior Cheguemo' lá no palanque, os dois lavados de suor A gineteada é um bailongo e a minha espora faz floreio Sonho que tô no fandango com as muchacha do rodeio Mas ah! Gineteada linda É relincho de potro, é bufo e mangaço, tinir de espora Mas ah! Gineteada linda Eu vou lá nas grimpas, onde a curucaca mora Mas ah! Gineteada linda É relincho de potro, é bufo e mangaço, tinir de espora O pala atirei pra trás, a alma entreguei no más Pra Nossa Senhora ♪ Saímos eu e o sebruno achatando os macegal Eu proseando e ajeitando pra não judiar do animal Destrato, chamo de podre, carne pros corvo no inferno Golpe, grito e manotaço, chego a embarrar o meu terno Depois voltemo pra estância os dois com cara de mau Eu amolentado a golpe e ele encouraçado a pau Apeio diante ao galpão saco o recal e dou-lhe um banho Para que nunca me esqueça, passo salmoura nos lanho Deixo no más um recado pra evitar algum enredo Nem chegue perto de mim quando estou de bofe azedo Vou golpear-lhe uma nos queixo, bota aí na minha fatura Que a changa tá garantida na cancha da ferradura Mas ah! Gineteada linda É relincho de potro, é bufo e mangaço, tinir de espora Mas ah! Gineteada linda Eu vou lá nas grimpas, onde a curucaca mora Mas ah! Gineteada linda É relincho de potro, é bufo e mangaço, tinir de espora O pala atirei pra trás, a alma entreguei no más Pra Nossa Senhora Pra Nossa Senhora