No dia a dia da estância quando enfreno pra lida As léguas são mais compridas ao se dizer campo afora Com o tinido da espora componho coplas ao tranco Pra demonstrar quando canto o campeirismo que aflora Tordilha negra, cabana, de visitar o chinaredo Guarda consigo os segredos da doma e do arrocino Sabendo por próprio tino que cedo o boi cruza o rastro Há um taura firme nos bastos e um laço no seu destino De a cavalo sigo ao tranco assoviando uma milonga Remoendo coisas da vida pra outros dias que vêm Repontando algum anseio Desgarrado do rodeio ou da ternura de alguém Remoendo coisas da vida pra outros dias que vêm Repontando algum anseio Desgarrado do rodeio ou da ternura de alguém ♪ Nas lidas manejo o freio conforme a volta do dia A repontar melodias e os mais terrunhos floreios Seja num simples ponteio de um pica-pau na tronqueira Ou num clarear de boieira quando a noite se anuncia E ao findar outro dia de talareio de esporas Repouso a esperar a aurora pra encilha de um bom cavalo Pois a estampa que falo de gauchada campeira Se encontra lá na fronteira milongueando campo afora De a cavalo sigo ao tranco assoviando uma milonga Remoendo coisas da vida pra outros dias que vêm Repontando algum anseio Desgarrado do rodeio ou da ternura de alguém Remoendo coisas da vida pra outros dias que vêm Repontando algum anseio Desgarrado do rodeio ou da ternura de alguém Ou da ternura de alguém Ou da ternura de alguém