Milonga ♪ Vamos falar de solidão Na sua casa eu nunca mais entrei Mas decorei com exatidão Todas as coisas como eu deixei Oh-oh-oh-oh, versos jogados pelo chão Lembranças do que não presenciei Oh-oh-oh-oh, mas decorei com exatidão Como o passado que eu mesmo criei Tira esse pé do chão, São Paulo! Um, dois, três E tudo que eu posso oferecer São minhas palavras pra você No plágio de uma bela melodia E tudo que eu quero te dizer Eu já cansei de escrever Quero te ver enquanto não é dia ♪ Mas diz, por que tu vais embora? Mas diz, por que tens tanto medo? Se não acorda cedo Nem trabalha, estuda ou namora Mas diz porque chegou a hora Agora que eu venci meu medo Te peguei pelos dedos Pra dançar enquanto o sol demora Para chegar trazendo aurora E a luz que cega e me dá medo E como um torpedo, eu deslizo Eu voo num mar de lençóis De muitas delas, sinto medo São muitos enredos Enrolados e embriagados como nós Tão a sós como nós, tão a sós Quando você não esperar, vai doer, e eu sei como vai doer E vai passar, como passou por mim E fazer com que se sinta assim, como eu sinto Como eu vejo, como eu canso de cantar Eu sei que vai ouvir, eu sei que vai lembrar Vai rezar pra esquecer e vai pedir pra esquecer Mas eu não vou deixar E eu não quero lembrar do que eu fui pra você Uma simples distração pra você esquecer Eu não quero lembrar que chegamos ao nosso fim E eu não quero lembrar que eu vou acordar Sabendo que meus olhos não vão te encontrar Eu não quero lembrar que tudo acabou pra mim Por que você insiste em dizer que ainda existe vida sem você? Por que você insiste em dizer que ainda existe vida?