Quando o carteiro chegou, E o meu nome gritou, Com uma carta na mão. Ante surpresa tão rude, Nem sei como pude Chegar ao portão. Lendo o envelope bonito, No subscrito eu reconheci, A mesma caligrafia, que me disse um dia: Estou farto de ti. Porém não tive coragem De abrir a mensagem Porque na incerteza, eu meditava e dizia: Será de alegria? Será de tristeza? Quanta verdade tristonha Ou mentira risonha, uma carta nos traz... E assim pensando rasguei, tua carta E queimei, para não sofrer mais.