Quem se deixou escravizar E no abismo, despencar Por um amor qualquer? Quem no aceso da paixão Entregou o coração À uma mulher? Não soube o mundo compreender Nem a arte de viver Nem chegou, mesmo de leve a perceber Ai, meu Deus Que o mundo é sonho, fantasia Desengano, alegria Sofrimento, ironia Nas asas brancas da ilusão, nossa imaginação Pelo espaço vai, vai, vai sem desconfiar Que mais tarde cai para nunca mais voar