Varando as baixadas Passando por cima de pontes Pessoas desiludidas Esperando um amanhã sombrio A diferença é forte Crianças e velhos sem onde morar Outros tem três quartos Um pra dormir, dois pra brincar Vida no gueto é o fim Ninguém escolheu viver assim Vida no gueto é o fim Mas ninguém escolheu viver assim Mulheres prostitutas Vendendo seu pudor por uma mixaria Pivetes mal encarados Que um dia acordarão numa cela fria Enquanto a burguesia, enquanto a burguesia Luta pelo status, luta pelo status Milhares e milhares, milhares e milhares Vivendo como ratos, vivendo como ratos Vida no gueto é o fim Ninguém escolheu viver assim Vida no gueto é o fim Mas ninguém escolheu viver assim Nas janelas vemos rostos Cansados de sofrer Suas rugas não escondem A fadiga de viver, NÃO! Vida no gueto é o fim Ninguém escolheu viver assim Vida no gueto é o fim Mas ninguém escolheu viver assim