Quando chegou a noticia que já não tinha mais jeito Eu senti fisgar o peito e não quis acreditar Fui convidado pra cantar em outro estado E não estava preparado nem pra ouvir, nem pra aceitar Aconteceu bem quando eu não estava perto E é por isso que de certo o coração dá um pealo Não quero sofrer sozinho e vou contar pra vocês No linguajar gauchês, a morte do meu cavalo ♪ Quando morreu o cavalo o dia não amanheceu O sabiá não cantou e o Sol não apareceu Quando morreu o cavalo o dia não amanheceu O sabiá não cantou e o Sol não apareceu ♪ Há quem pense que estou louco em defender assim o tostado Mas é que no meu estado um cavalo tem seu valor Considerado um ser da nossa família Que aos domingos se encilha até pra esquecer de um amor Não toquem nele antes da minha chegada Que eu junto com a peonada vou no campo lhe enterrar Já sem chapéu, abrir os braços com capricho Deite por cima do bicho e comecei a chorar Fiquei assim, atado em meus pensamentos Que até por um momento achei que ia levantar comigo Então pedi nesta tendo e situação Que o velho pai e patrão lhe desse um lugar merecido Pois nunca mais terei outro igual a tu Do galope mais xirú, meu cavalo eternecido Fia a promessa e assim a vida será Não ter outro em teu lugar, meu bravo cavalo querido Quando morreu o cavalo o dia não amanheceu O sabiá não cantou e o Sol não apareceu Quando morreu o cavalo o dia não amanheceu O sabiá não cantou e o Sol não apareceu Quando morreu o cavalo o dia não amanheceu O sabiá não cantou e o Sol não apareceu Quando morreu o cavalo o dia não amanheceu O sabiá não cantou e o Sol não apareceu