Quando eu vejo um caminhão de bois Uma saudade vem me atormentar O tempo passa, tudo vai mudando E só me resta hoje recordar Não há mais tropa a passar na estrada E nem poeira subindo no ar Calou-se a tempo a voz do tropeiro Num eira boi com a tropa a gritar Ai, a saudade vem, ai, a saudade vai Daquele tempo bom, que já se foi Estradas não tem mais, poeira também não Somente caminhões levando bois ♪ Quem foi criado bem a moda antiga Daquele tempo que não tinha luxo Sabe a saudade que eu sinto agora E às vezes chora pra aguentar o repuxo Trago a lembrança na memória viva Sou cerne forte, não vergo, não murcho Sei que o progresso transformou o meu pago Mas não mudou a minha alma de gaúcho Ai, a saudade vem, ai, a saudade vai Daquele tempo bom, que já se foi Estradas não tem mais, poeira também não Somente caminhões levando bois ♪ Se eu pudesse regressar no tempo Regressaria no tempo agora No meu cavalo sempre a galope Cortando estada pelo pago a fora Abro as porteiras do meu pensamento Que vai e voltam onde o passado mora Só desse jeito acalmo a saudade Saudade xucra de um mundo de outrora Ai, a saudade vem, ai, a saudade vai Daquele tempo bom, que já se foi Estradas não tem mais, poeira também não Somente caminhões levando bois Ai, a saudade vem, ai, a saudade vai Daquele tempo bom, que já se foi Estradas não tem mais, poeira também não Somente caminhões levando bois