Quando um aceno de mão Indica uma partida A alma sofre por dentro Como o abrir de uma ferida Os olhos marejando ao vento A dor tangida do adeus E pede pra o céu baixinho Toda a proteção de Deus Quando o aceno do adeus É para um filho que parte O coração de quem fica É o que mais se reparte A dura ausência pesada Que vai pela estrada afora É um retrato da dor De quem fica agora e chora Não existe uma partida Sem haver voz embargada Pois sem saber que alvoradas Não virão do mesmo jeito E o sentimento arrebenta Perguntando pra razão Por que é que a solidão Veio morar em meu peito? ♪ Quando a distância aumentada É da sua terra amada Brota um vazio interior Daquelas dura, apertada E se o gesto do adeus É de um amor que se foi O aceno finge ser um Mas sempre será por dois Não tem como ir embora Sem imaginar a volta O destino se revolta Soluçando a sua metade Quem sai marcando caminhos Sem deixar de olhar pra trás Sabe que a sua própria paz Virá pra matar saudade Não existe uma partida Sem haver voz embargada Pois sem saber que alvoradas Não virão do mesmo jeito E o sentimento arrebenta Perguntando pra razão Por que é que a solidão Veio morar em meu peito? ♪ Não existe uma partida Sem haver voz embargada Pois sem saber que alvoradas Não virão do mesmo jeito E o sentimento arrebenta Perguntando pra razão Por que é que a solidão Veio morar em meu peito?