Sou o grito do quero-quero No alto de uma coxilha Sou herança das batalhas Da epopeia farroupilha Sou rangido de carreta Atravessando picadas Sou o próprio carreteiro Êra boi, êra boiada Êra êra boi Brasino Êra êra boi Pitanga Boi Fumaça, Jaguaré, bravo! Olha a canga ♪ Sou velha cambona preta Dependurada nos tentos Sou o chapéu do domador Tapeado de contra o vento Sou rancho de pau-a-pique À beira de uma estrada Onde descansa o tropeiro Pra seguir sua jornada Êra êra boi Brasino Êra êra boi Pitanga Boi Fumaça, Jaguaré, bravo! Olha a canga ♪ Sou a cor verde do pampa Nas manhãs de primavera Sou cacimba de água pura Nos fundos de uma tapera Sou lua, sou céu, sou terra Sou planta que alguém plantou Sou a própria natureza Que o patrão velho criou Êra êra boi Brasino Êra êra boi Pitanga Boi Fumaça, Jaguaré, bravo! Olha a canga Êra boi! Êra boi, Sai daí cusco! Eita, cusco que só atrapalha Sai daí cachorro! Êra boi Jaguaré, Boi Fumaça, Jaguaré Êra boi, Jaguaré, êra boi! Fumaça boi! Encosta! Encosta! Êra boi...