Amonta de novo meu compadre ferra perna Carga de laço esse beiçudo excumugado Não te encabula se o povo der risada Tu não tem curpa dele ter te derrubado Aqui na estância nossa doma é desse jeito Caímo tombo e não fiquemo encabulado Com o chapéu batemo a poeira da bombacha E novamente já saímo enforquiado Com o chapéu batemo a poeira da bombacha E novamente já saímo enforquiado ♪ Aqui na estância quando nóis bamo domá Enche de gente quando sabem desse boato Gostam de vê um cola suja veiaquiando E um peão no lombo bem igual um carrapato É um romorão se estravindo campo afora Que até parece que vai passando um ajato De quando em vez se ouve estalo de mango E um ginete pitando no lombo dum veiaco De quando em vez se ouve estalo de mango E um ginete pitando no lombo dum veiaco ♪ E o Nêgo Piá peão mais véio lá da estância Quaje morreu numa rodada que levou Ficou bem tonto agarrado num pau-ferro Lá na ladeira quando o beiçudo rodou E o Paisandu se rachou bem pelo meio E o crinudo só pros corvo se prestou Quebrou o pescoço e foi morrer lá na canhada E do apero muito pouco que restou Quebrou o pescoço e foi morrer lá na canhada E do apero muito pouco que restou ♪ Por isso eu peço para todos meus amigos Prestá atenção na hora que vão domá Aperte bem o bocal e o arreio E olhe pra o céu um pouco antes de amontar Peça pra deus que lhe dê uma proteção Faça uma prece nem que não saiba rezar Sarte pra o lombo e se firme nos arreio Sobrando a vida pos o resto que se vá Sarte pra o lombo e se firme nos arreio Sobrando a vida pos o resto que se vá