Eu vi um moço Metido a bonito numa rua principal Por ele passou um colono que trajava muito mal O moço pegou a rir fez ali um carnaval Resolvi fazer uns versos Pra este fulano de tal Não ri seu moço daquele colono Agricultor que ali vai passando Admirado com o movimento Desconfiado lá vai vai tropicando Ele não veio aqui pedir nada São ferramentas que ele anda comprando Ele é digno do nosso respeito De Sol a Sol vive trabalhando Não toque flauta não chame de grosso Pra te alimentar na roça está lutando Se o terno dele não está na moda Não é motivo pra dar gargalhada Este colono que ali vai passando É um brasileiro da mão calejada Se o seu chapéu é da aba comprida Ele comprou e não te deve nada É um roceiro que orgulha a pátria E colhe o fruto da terra lavrada E se não fosse esse colono forte Tu ias ter que pegar na enxada E se tivesse que pegar na enxada Queria ver-te mocinho moderno Pegar no coice de um arado nove E um machado pra cortar o cerno E enfrentar doze horas de Sol Num verão forte tu suava o terno Tirar o leite e arrancar mandioca No mês de julho no forte do inverno Tuas mãozinha finas delicadas Criava calo e virava um inferno Esse colono enfrenta tudo isso E muito mais eu não disse a metade E planta e colhe com o suor do rosto Pra sustentar nós aqui na cidade Não ri seu moço mais deste colono Vá estudar numa faculdade Tire um DR chegue lá na roça Repare lá quanta dificuldade E faça algo por nossos colonos Que deus lhe pague por tanta bondade E faça algo por nossos colonos Que deus lhe pague por tanta bondade E faça algo por nossos colonos Que deus lhe pague por tanta bondade Faça algo por nossos colonos E deus lhe pague com tanta bondade Yeah