Já diziam as ancestrais Mais respeito aos animais Nessa vida, vida, vida Tem saída ida e vinda Atenção para as pajés Mais amor da cabeça aos pés Nessa estrada, estrada, estrada A loucura cura, cura Madrugada eu vejo a luz Se a leveza esquece a cruz A alma descarregada Planta água, água, água Entre as mentes e os corações Labirintos bifurcações Quem escolhe, colhe, colhe Na mudança, dança, dança Pela veia sangue correu É vermelho o meu o seu Negros índios brancos judeus Africanos e europeus Mapeando constelações Leis antigravitacionais Do espaço paço passo Natureza reza, reza O mundo na memória ao seu redor Um pouco de tudo Que com o tempo vira pó Latifúndios, plantações Vigiados por drones Não tem pra super-homem Quando bate a fome Quem consome é consumido, some Onde se enterra o homem É o mesmo chão que planta e come Quem se esquece Não se lembra o que esqueceu Aquece a mente Não esquece o chão onde cresceu Contemplando história Derrotas e vitórias Mais um dia nasce Em estado de glória Já diziam os ancestrais Mais respeito aos animais Nessa vida, vida, vida Tem saída ida e vinda Atenção para os pajés Mais amor da cabeça aos pés Nessa estrada, estrada, estrada A loucura cura, cura Madrugada eu vejo a luz Se a leveza esquece a cruz A alma descarregada Planta água, água, água O vento soprou A vida manifesta O ciclo nativo Na ponta da flecha As crianças da tribo Celebram em festa Aprendendo desde cedo A respeitar a terra