A cena do graff é essa A cena do graff, tipo, obviamente que é fixe Tu teres uma cidade com grandes peças e o caralho É só existem, o pessoal não percebe É que só existem grandes peças se houver vândalos Mano, aqui o que interessa é que a pica que temos Não desce só sobe e subiu-nos depressa A minha equipa é doente Agora é tudo nosso, a idade não pesa Dizem que um gajo cresce E pondera melhor não fugimos à regra Pensamos na peça com pés e cabeça Que assim ninguém corre Quando éramos putos andávamos loucos Era normal sermos doidos Fodíamos tudo e não 'távamos todos Era abuso em todas as noites Ficavas confuso com o número de rolos Já viste como isto ficou depois? Pergunta a ti mesmo quantos é que somos Se parecíamos 20 quando éramos dois Vivemos no limbo, garrafa de tinto Brindamos à nossa e a sede não passa A invadir o recinto aos quatro ou cinco Suga na casota, siga pa' desgraça O comboio 'tá limpo, o destino 'tá escrito D'uma a outra porta pintamos a chapa Tempo é restrito sem espaço pa' atrito Olho à minha volta já não falta nada Enquanto pinto só o ouço o instinto e o som da lata Meu motivo é distinto, pôr a crew no mapa 'Tá mais que assumido que vamos deixar marca É disso que se trata Resumindo, é sucinto, só sinto o meu grupo Não há outro intuito pa' que eu ainda o faça Rede cortada no meio da mata Cara tapada vindos do nada A-a-a-m-r-r crew, crew A-a-a-m-r-r crew, crew A-a-a-m-r-r crew, crew A-a-a-m-r-r crew, crew A esfregar a tinta na cara deles A fugir à polícia enquanto ela escorre O próximo passo só nós sabemos Todos dão-me a fuga, mas há quem volte Não importa o quanto isso os provoque Isso os provoque, isso os provoque Enquanto formas vivos isto não morre Isto não morre, isto não morre A esfregar a tinta na cara deles A fugir à polícia enquanto ela escorre O próximo passo só nós sabemos Todos dão-me a fuga, mas há quem volte Não importa o quanto isso os provoque Isso os provoque, isso os provoque Enquanto formas vivos isto não morre Isto não morre, isto não morre Só quero ter tinta pa' qualquer spot Um gajo até brinca com a sorte O Keso nos 30 a pintar rooftops 29 ainda fodemos comboios Às cinco da matina tiramos as fotos Na volta p'ra cima parar é uma hipótese Pa' dar uma chapa se formos pa' esquadra Antes de irmos pa' cama ainda te damos o props A estação 'tá na mira, o momento é próspero Corremos pa' linha, toda a gente alinha Se um põe gasolina, outro acende o fósforo O que a chama ilumina vê-se a uma milha Respiramos tinta até pelos poros Ressacamos doses de adrenalina Quando ela se infiltra nos nossos glóbulos É todo um instinto que nos domina Somos quem se aproxima pela neblina Brilho na retina como quem 'tá cego Aos anos que andamos sempre na má vida A manter a rotina a espalhar o graff 'Tou na mesma trilha com a minha matilha A abanar-te a pinha, a desmoronar-te o ego Ao chegar o momento certo É, seja o que Deus quiser que eu 'tou bem entregue A-a-a-m-r-r crew, crew A-a-a-m-r-r crew, crew A-a-a-m-r-r crew, crew A-a-a-m-r-r crew, crew A esfregar a tinta na cara deles A fugir à polícia enquanto ela escorre O próximo passo só nós sabemos Todos dão-me a fuga, mas há quem volte Não importa o quanto isso os provoque Isso os provoque, isso os provoque Enquanto formas vivos isto não morre Isto não morre, isto não morre A esfregar a tinta na cara deles A fugir à polícia enquanto ela escorre O próximo passo só nós sabemos Todos dão-me a fuga, mas há quem volte Não importa o quanto isso os provoque Isso os provoque, isso os provoque Enquanto formas vivos isto não morre Isto não morre, isto não morre O vandalismo tem essa cena Que o pessoal não percebe O vandalismo sai pa' a rua Para reclamar a cidade de volta ('tás a ver?) A cidade não tem de ser só isto A cidade pode ser um monte de expressões E se não houver esta violência inicial, que é o vandalismo As outras expressões nunca vão poder entrar