(O ano é de, dois mil e ressentimentos?)
(A data exata, dia cinco de minhas mágoas?)
(Primeiras páginas do diário)
Se seu império é criado em cima da farsa, da mentira
Discurso pronunciado, no palanque a injustiça
As fardas do ódio ainda impõem seu medo
E a nossa versão é exibida nesse meio
Só sirvo, onde os reis são coroados a todo instante
Onde o brilho do ouro é ofuscado pelo sangue
A minha fé, foi testada
Eu descobri que ela era pouca
Perdi o meu temor e o encontrei na forca
Sem força, tipo um anjo depois da queda
O cristão que perde a fé, é como um jogador sem perna
É como a águia que não conhece o céu
É igualzinho Paulinho, sem lápis e sem papel
Foi Daniel, que superou os leões de uma cova
Eu me encontrei do mesmo jeito mas rodeado por cobra
Quero mover montanhas, pelas águas andar
Abrir o caminho da paz, como Moisés fez com o mar
Mas não dá, não dá
A minha fé é pouca, diferente do meu ódio que cria sua própria força
Interrogação que cala minha emoção
Foram anos pra construir, e num segundo no chão
As minhas crenças, e teorias foram derrotadas
Meus conceitos destruídos
Por uma simples arma que não fabrica fogo
Não, queima o corpo
Mas a arma fere a alma, corrói o espírito todo
Castelos são criados por dores e remorsos
Meu coração virou um galpão, um acervo de ódio
♪
Quando o Sol deixar, de produzir calor
Quando sua luz servir, só pra murchar a flor
Quando o seu coração não sentir o amor
Só o ódio restou
Quando o Sol deixar, de produzir calor
Quando sua luz servir, só pra murchar a flor
Quando o seu coração não sentir o amor
Só o ódio restou
Uma neblina, embaçou minha visão
Me tirou do alvo, me perdi na escuridão
No peito há, se pá, tinha um coração
Mas desligou, se cansou, de pedir atenção
Já não sinto calor, esqueci do amor
Eu olho mas não vejo a beleza na flor
Evito as palavras, abro a boca só pra respirar
Ouço um bipe, nova mensagem no meu celular
Dizendo que me ama, tá com saudade pra eu voltar logo
Mesmo rodeado de amor carrego um vazio notório
A minha fé já foi melhor nos tempos difíceis
Hoje pensamentos maus voam como mísseis
Atinge minha mente, meu coração
Vivo um processo de auto aniquilação
Cadê a fé que a bíblia diz, eu sinto todo instante
O amor que Jesus citou eu já vivi ele antes
Será que vacilei, falhei na oração
Será que recusei quando Deus me estendeu a mão
Olho pro mundo vazio sem sentimento
Não quero ser mais um nesse planeta cinzento
Sem vida, sem gosto, sem cheiro e sem flor
Onde homens e mulheres se matam como gladiador
Quero viver o que na bíblia foi citado
Que o perfeito amor encobre uma multidão de pecados
Senhor, renova em mim um coração puro e o espírito voluntário
Renove a fé que um dia me foi dada
Me faça firma os pés na minha caminhada
Olhe pra mim senhor
Quando o Sol deixar, de produzir calor
Quando sua luz servir, só pra murchar a flor
Quando o seu coração não sentir o amor
Só o ódio restou
Quando o Sol deixar, de produzir calor
Quando sua luz servir, só pra murchar a flor
Quando o seu coração não sentir o amor
Só o ódio restou
A dor nasceu em meu olhar que se encheu d'água
Eu perdi a minha fé quando me vi longe da calma
Na minha alma ficou presa, o todo que me enoja
Não sou mais a águia que voa nas veredas da glória
Meu coração doí como na perda de um amor
Que seu som sentiu, eu senti a mesma dor
Fui traído pelos meus próprios sonhos
Não sei se somos, se fomos, se troquei sonho por sono
O ódio me embala estraçalha o meu peito
Sou homem e choro por possuir sentimentos
Fases são inspirações, projeções de incertezas
Lágrimas vem substituindo a tinta da caneta
Cê tem certeza que a liberdade é só dada por asas
Só, ser livre é Deus pés no chão pra pisar sobre a face
Facadas, punhaladas, marcaram minhas costas
A ferida cicatrizou e deu lugar a uma revolta
O ar, tudo forte foi quebrado e eu me vi sem forças
No reino que eu era rei tomaram minha coroa
Desunião, produziu mau cheiro estragou perfume
Giovani já se viu assim abraçado a maus consumo
Queria como Cristo sobre as águas andar
Com uma só palavra fazer o cego enxergar
Sentir com Davi enfrentando o Golias
Como Sadrakina fornalha da injustiça
Senhor livra-me dos caminhos da injustiça
Proteja-me contra mãos que derrama sangue
E que a língua mentirosa que se levanta contra mim caia por terra
Seja meu refúgio e a mina fortaleza
Quando o Sol deixar, de produzir calor
Quando sua luz servir, só pra murchar a flor
Quando o seu coração não sentir o amor
Só o ódio restou
Quando o Sol deixar, de produzir calor
Quando sua luz servir, só pra murchar a flor
Quando o seu coração não sentir o amor
Só o ódio restou
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