Kishore Kumar Hits

95 Versos - Mais de Três lyrics

Artist: 95 Versos

album: Mais de Três


(95) o galo canta e eu me vejo aqui sozinho
Com vários ao redor e teu olhar na minha retina
No coração se crava a dor como um espinho
Que sem flor não tem perfume, destroça, desbaratina
E eu que disse que tava contigo no que fosse
Vacilei mais de uma vez
Não como Pedro nessa analogia, mas fazendo a conta fria
Já te neguei bem mais de três
Ouvi o que vinha mais das minhas vaidades
Do que as tuas verdades
E assim meu coração se enchia
Quando transbordou esse engano em minha mente me fazia
Ver que sem você minha vida é vazia
Confiava muito em mim e somente em mim
Tu me conheces mais que eu mesmo
Mesmo eu dizendo que não negaria tu olhou pra mim e sabia
Foi lá e pagou o preço
No decorrer quem é real não deixa falha, ajunta e não espalha
Não abandona um dos seus
Eu tão miserável, um ser tão deplorável
Que ele me chamou de amigo
E neguei o filho de Deus
Ledo engano achar que a graça dá salvo
Conduto pra pecar de tudo quanto é jeito e tá suave
Faz a oração hipócrita sem arrependimento
Mas com fingimento que resolve o entrave
Vai dizer que cê nunca pensou assim
Mente de patife
Dizemos crer no soberano
Mas pensamos e agimos diariamente como se ele não existisse
Queremos mesmo é nosso bem-estar
Pensamo nisso e nada mais
Chegar ao extremo de negar sua palavra
Dizendo que ela já anda confrontando até demais
Nesse erro eu não caí
Mas tropecei em outras pedras
E se não fosse teu olhar de amor
Eu tava no terror em amargura condenado a densas trevas
Em meu quarto escuro pensamentos
Obscuros que pra ti estão em radiante claridade
Me engano, mas eu não te engano com meu
Fingimento e aparência de bondade (tu vê minha maldade)
Não dá fugir do teu olhar e pá
Nem minha mente escapar
Minha vontade de verdade era não envergonhar teu nome
Mas o que mais sei fazer no mundo é errar
Na roda de escarnecedores assentamos
Ali já negamos a ti
Quando piadas desprovidas de graça
Zombavam do soberano em troca de ver alguém rir
Sem temor nos comportamos
Muito mal nos portamos e o sagrado profanamos diariamente
É mais difícil ver a culpa que há nos outros
Quando, então, vemos a trave no nosso olho e na mente
Tua palavra me corrige e nivela com
O que revela, me acerta, é um santo prumo
Ainda erro, mas tu me conserta e se minha alma flerta
Com falsos caminhos tu me mostra o rumo
Em desespero um coração amargurado de um nem tão fiel soldado
Mas que sabe quem tu é
Não João Batista, nem Elias, mas o Cristo, filho do Deus vivo
Consumador da minha fé
Tu me amas? Me perguntas e eu digo que sim
Depois de agir como quem não te conhecia
Tu me ama mais do que mereço
Meu amor num é nem um terço, nem migalha do que deveria
Vou aprendendo com que tu ensina dia a dia
Até chegar o dia em que tudo passará
Em ti seremos incorruptíveis
Glória ao pai eternamente, agora o galo pode se calar

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