Nesta candência marcada Ao trote do pingo oveiro Do bate casco na estrada Nas poças de aguaceiro Me vou repelindo as mágoas No desamor dos campeiros Na xucra sabedoria Que nada vale aos letrados Vou ruminando agonias Por estes campos dobrados E a mestre filosofia Que me formou aporreado São caminhos diferentes Dos que lidam com bagual Respeitando outras mentes Respeitando outro ritual Mas só gente da minha gente Que sabe atar um bocal São caminhos diferentes Dos que lidam com bagual Respeitando outras mentes Respeitando outro ritual Mas só gente da minha gente Que sabe atar um bocal ♪ Já disse o poeta maior Que as coisas do coração Por certo serão melhor Num Santa Fé com torrão Por certo sabe de cor Que Rio Grande é tradição Eu vou fechando a porteira Sem lamentos nem sofrer E o cerno desta tronqueira Não pode apodrecer É gaúcho, disse a parteira E gaúcho vou morrer São caminhos diferentes Dos que lidam com bagual Respeitando outras mentes Respeitando outro ritual Mas só gente da minha gente Que sabe atar um bocal São caminhos diferentes Dos que lidam com bagual Respeitando outras mentes Respeitando outro ritual Mas só gente da minha gente Que sabe atar um bocal ♪ São caminhos diferentes Dos que lidam com bagual Respeitando outras mentes Respeitando outro ritual Mas só gente da minha gente Que sabe atar um bocal São caminhos diferentes Dos que lidam com bagual Respeitando outras mentes Respeitando outro ritual Mas só gente da minha gente Que sabe atar um bocal