Eu ando na estrada cansando o cavalo Botando sentido nas coisas que vejo De cima do arreio, campeio meu rumo E aos poucos, me aprumo por sobre os pelegos Um trago de canha, um mate cevado E um sonho a lo largo no sul do país Buscando um sorriso além da saudade Aprendo as verdades da vida que eu quis Eu sinto que a estrada me ensina aos pouquinhos E sigo sozinho, sem medo de ir Vencendo distâncias, cruzando fronteiras Encontro nas ânsias razões pra seguir Eu trago a esperança estampada na cara E guardo as lembranças das coisas que fiz Com raça e coragem, eu topo a parada E aguento o repuxo firmando a raiz Ah... Tristeza gaúcha que trago no peito Trançando essa história com fibra e com jeito De quem sabe bem levantar quando cai Ah... A estrada é comprida e andar vale a pena Pois, quem busca sonhos de alma serena Tocando pra frente, sabe aonde vai ♪ Assim, me sustento e tapeio o chapéu Andando a lo leu nas voltas do pago Descubro a querência nos fundos de campo E canto o Rio Grande nos versos que faço Ternura e silêncio nas horas tranquilas Destreza no braço pra quando é preciso A vida me leva conforme o seu tranco E assim, me conduz mansamente em seus trilhos Ah... Tristeza gaúcha que trago no peito Trançando essa história com fibra e com jeito De quem sabe bem levantar quando cai Ah... A estrada é comprida e andar vale a pena Pois, quem busca sonhos de alma serena Tocando pra frente, sabe aonde vai Sabe aonde vai, sabe aonde vai Sabe aonde vai, sabe aonde vai Sabe aonde vai, sabe aonde vai