Eu saí pela fronteira Ver negócios de importância É pra ver se me ajustava De capataz de uma estância Cheguei lá e me ajustei Onde havia uma potrada Onde tinha um bagual baio Respeitado da peonada Baio da venta rasgada Carunchado nos cornilho Foi o que mais me agradou Pra sentar o meu lombilho Pra encilhar o venta rasgada Custou uma barbaridade Baixou a cabeça na estância Foi levantar na cidade ♪ Da estância para a cidade Regulava légua e meia Onde o baio se acalmou Foi na venda do Gouveia Eu apeei lá no Gouveia Pra tomar uns trago de vinho Depois belisquei o baio Desde a marca inté' o focinho ♪ Este baio corcoveava Mesmo que boi tafoneiro Pois já estava acostumado A corcovear o dia inteiro Bombeei pro oitão do rancho Vi uma prenda me espiando E o baio não via nada E continuava corcoveando ♪ Menina, minha menina Me agarra se não eu caio Eu já venho sufocado Com o balanço deste baio Uma espora sem roseta E a outra sem papagaio Se as duas 'tivessem boa O que seria deste baio? Quase arrebentei um pulso E as duas canas do braço Deixei o baio bordado De tanto espora e mangaço Um dia deixei a estância E fui cumprir minha sina Mas o baio ficou manso Inté' pro selim de china Mas o baio ficou manso Inté' pro selim de china