Quando me paro a pensar, sentado sobre o oitão Eu olho pra minha estampa e escuto o meu coração Enquanto sorvo meu mate e a tarde deita nos cerros Eu sigo o rumo das tropas e o badalar dos cincerros ♪ Eu tenho o campo e tanta estrada nos meus olhos Eu vim da terra, sou campeiro igual meu pai Abri picadas a facão e a machado Buscando tropas lá pras bandas do Uruguai Chapéu bem grande e botas fole de gaita Faca coqueiro que comprei lá nas Missões Um bom cavalo, companheiro de jornadas Raça gaúcha promovendo integrações ♪ Eu desbravei as serranias desta terra Levando mulas pras feiras de Sorocaba Eu sou tão simples e não sei contar vantagem Porque o gaúcho bem consciente não se gaba Passei a nado as águas do rio Pelotas Tantas façanhas que nunca mais esqueci E, quando penso nessa herança de tropeiro Monto um cavalo e retorno a ser guri Eu sou pampeano, sou serrano, eu sou gaúcho Sou pelo duro, sou nativo, sou do sul Bombacha larga tipo os quadros do Berega A noite chega, me tapo de céu azul Bombacha larga tipo os quadros do Berega A noite chega, me tapo de céu azul ♪ Até os pinheiros, onde fiz acampamento Vão se espichando como a procurar por mim Eu aproveito esta hora de descanso E deixo a alma pastoreando no capim A gralha-azul me fez mudar de pensamento Trazendo a imagem perfumada de emoção Daquela prenda caborteira e muito bela Levou com ela o meu gaúcho coração Eu sou pampeano, sou serrano, eu sou gaúcho Sou pelo duro, sou nativo, sou do sul Bombacha larga tipo os quadros do Berega A noite chega, me tapo de céu azul Bombacha larga tipo os quadros do Berega A noite chega, me tapo de céu azul