Olha uma das vaneira mais gaúcha Chegando por aí, companheirada ♪ Licença dona Josepha pra este xirú campeiro Quero cantar pra senhora um verso xucro e galponeiro E a cavalar uma vaneira das de frouxar pessegueiro Quando eu abro esta cordeona o bicharedo sai da toca Os touros berram mais grosso, tatu peludo cavoca Escuitando essa vaneira que além de troncha é pitoca Cada vez que espicho a gaita lembro da Josepha Cunha Acordo o sol com um gaitaço, só com Deus por testemunha Chairo a goela, abro o peito e agarro o Rio Grande à unha ♪ Quando Deus criou este mundo começou pelo Itaqui Terra de Josepha Cunha, do Uruguai e do Ibicuí Meu velho rincão da cruz que eu amo desde guri Com ela foi que aprendi um mandamento sagrado Que cavalo de gaúcho seja lobuno ou bragado Não bebe água em balde nem come pasto cortado Cada vez que espicho a gaita lembro da Josepha Cunha Acordo o sol com um gaitaço, só com Deus por testemunha Chairo a goela, abro o peito e agarro o Rio Grande à unha ♪ Com ela foi que aprendi outra cousa, meu parceiro Que pelo trote de longe se avalia o parelheiro E pelas garras que usa se conhece o bom campeiro Sigo guasqueando a cordeona neste jeitão missioneiro Lembrando a Josepha Cunha, virei ginete e gaiteiro Vou guasqueando esta vaneira que é de frouxar pessegueiro Cada vez que espicho a gaita lembro da Josepha Cunha Acordo o sol com um gaitaço, só com Deus por testemunha Chairo a goela, abro o peito e agarro o Rio Grande à unha ♪ Cada vez que espicho a gaita lembro da Josepha Cunha Acordo o sol com um gaitaço, só com Deus por testemunha Chairo a goela, abro o peito e agarro o Rio Grande à unha Eita!