Me chamam de grosso, eu não tiro a razão Eu reconheço a minha grossura Mas, sei tratar a qualquer cidadão Até representa que eu tenho cultua Eu aprendi na escola do mundo Não foi falquejado em bancos colegiais Eu não tive tempo de ser vagabundo Porque quem trabalha, vergonha não faz Nossa mais sincera homenagem Ao maior trovador dos pampas, o nosso Gildo de Freitas! ♪ Eu trabalhava, ajudava os meus pais Sempre levei a vida de peão Porque no tempo que eu era rapaz Qualquer serviço era uma diversão Lidava no campo cantando pra os bichos Porque pra cantar eu trouxe vocação Por isso até hoje tenho por capricho De conservar a minha tradição, oh! ♪ Eu aprendi a dançar aos domingos Sentindo o cheiro do pó do galpão Pedia licença, apeava do pingo E dizia, adeus, assim de mão em mão E quem conhece o sistema antigo Reclame por carta se estou mentindo São documentos que trago comigo Porque o respeito eu acho muito lindo ♪ Minha sociedade é o meu CTG Porque nela enxergo toda a antiguidade E não se confunda Eu explico porque (diga, Walther Morais) O traje das moças não é à vontade (Isso não é mesmo, companheiro!) E se, por acaso, um perverso sujeito 'Querer fazer usos e abusos de agora Já entra o machismo impondo respeito E arranca o perverso em seguida, pra fora Esculhambar o baile dos outros Não faz bem companheiro (ahô!) ♪ Vamo lá! Ô mocidade, associem com a gente Vá no CTG e leve um documento Vão ver de perto que danças decente E que sociedade de bons casamentos Vá ver a pureza, vá ver a alegria Vá ver o respeito desta sociedade Vá ver o encanto das belas gurias Que possam lhe dar uma felicidade Cantem conosco!