Quando a saudade do pago Me encontrou pela distância Lidando em lombo de potros Da tropilha de uma estância Em seguida de enfrenar Larguei, no más, pra peonada Tropilha doce de boca Confiança pras campereadas Pedi as contas na estância Onde eu era capataz Pra o meu lugar no serviço Que tragam outro no más Um índio de confiança Campeiraço e destorcido Que o patrão velho é buenacho Paga o soldo mantenido ♪ Deixo a força do meu braço Nas cordas do alambrado No cabo do socador E no moirão enterrado Num servicito a quem chega Na porteira da invernada De uma peleia de touros Ficou a trama quebrada Deixo uma roça plantada Milho verde já granando Que a safra do outro ano No paiol tá se acabando A criação no terreiro Renovando a cada dia E uma porca no chiqueiro Chegadinha pra dar cria Estou de volta ao meu pago Pra minha querência amada E uma tropilha de sonhos Vou levando pela estrada Ponta de gado por diante Que juntei como peão E um misto de sentimentos Me apertando o coração Ponta de gado por diante Que juntei como peão E um misto de sentimentos Me apertando o coração ♪ Amansei uma brasina Em seguida que pariu Pra que nunca falte leite Pra criar o guaxeirio A terneirada já sabe Vem pra cerca ao fim da tarde Pra beber numa garrafa Berrando e fazendo alarde Num palanque da memória O que fiz não vou perder Vou atar como lembrança Pra nunca mais esquecer Vou matar uma saudade Que trago desde guri Vou empeçar tudo de novo Na querência onde eu nasci Estou de volta ao meu pago Pra minha querência amada E uma tropilha de sonhos Vou levando pela estrada Ponta de gado por diante Que juntei como peão E um misto de sentimentos Me apertando o coração Ponta de gado por diante Que juntei como peão E um misto de sentimentos Me apertando o coração