Sou filho da flor do couro Depois das bênçãos do sal Que troca a forma dos pelos Pela razão do carnal Voltei pras horas do campo Noutro sentido ou valor Livrando o estranho da sorte Tirando os males da dor E vivo junto do corpo Onde a precisão me acha Pra ser a pele mais forte Sobre o pano da bombacha Mesma sombra do campeiro Onde por vezes me faço Benzedura dos tirões E queimaduras do laço Também sou parte dum canto Dos bocais e maneador Pra redobrar a coragem Nos olhos do domador Em frente à imagem do potro Sei das razões que me trouxe Depois que tiro o feitiço da Mala suerte dum coice Guardo no simples dos flecos O mesmo suor dos pingos Que junto às pilchas de prata Fui me mostrar nos domingos Pelas reuniões de carreiras Nos ranchos de corredor Sobre a garupa estendido Roubei o aroma da flor Trago a marca das estâncias Cicatrizes que relembro As primaveras vividas Nas marcações dos setembros Onde me vi pelo avesso Hoje na forma do couro Provando o sangue na faca Que muda os rumos de um touro Por isso sou tirador Sobre o pano da bombacha E sou a pele mais forte Quando a precisão me acha Junto ao corpo do campeiro Onde encontrei meu valor Livrando o estranho da sorte Tirando os males da dor Por isso sou tirador Sobre o pano da bombacha E sou a pele mais forte Quando a precisão me acha Junto ao corpo do campeiro Junto ao corpo do campeiro Onde encontrei meu valor Livrando o estranho da sorte Tirando os males da dor Por isso sou tirador Por isso sou tirador Livrando o estranho da sorte Tirando os males da dor