Coração de luz, estrela ao peito Corpo transfigurado em constelação Pés singelos, joelhos ao chão No lava-pés aos pescadores de ilusão O que divisam esses olhos límpidos Que revelam céus na terra e anjos nas feras? O que plasmaram essas mãos perfeitas Que elevam os caídos e curam feridas? Fronte de anjo, alteia a virtude Captando as divinas revelações Voz sublime, harmonia Ensinando o inolvidável às multidões De Ti emanam místicas virtudes Quando Tua boca se abre Senhor das Estrelas O que fizemos? O que fizemos? Trespassamos o coração Perfuramos os pés e as mãos Surramos os olhos Espinhamos a fronte altiva E quisemos calar a voz Do Senhor das Estrelas Força do perdão, lição derradeira Coroando um Evangelho de morte em luz Questão de tempo, o tempo da paz Que vibrou nas Oliveiras e fulgurou na cruz