Morro, mas eu não me calo Canto e não peço desculpas Sei, este é o meu caminho Condenada estou Pássaro de asa partida A passagem só de ida Entre bobos e bandidos Tiros sobre mim Pego o trem dos mutilados Dos feridos, dos roubados Dos proscritos, odiados Mas não sou ruim Eu não sou qualquer pessoa Nem cheguei aqui à toa Vou ficar Não vou voltar pro sertão La-laiê La-la-la-laiê, iê, iê La-laiê La-la-la-laiê, iê, iê Não me iludo com migalhas Observo minhas falhas Se humano é ser de palha Fogo sobre mim Eu não sou qualquer pessoa Nem cheguei aqui à toa Vou ficar Não vou voltar pro sertão Não vou voltar pro sertão Mas não vou queimar à toa A mesa e no sangue da primeira refeição Do horário nobre, da crista da onda E dos nossos grandes festivais Eu quero mais Eu quero mais Eu quero mais, mais, mais, mais Eu quero mais, mais