Ô vida boa, continua fazendum dum bom na lagoa! Ô gente boa, não se assusta que aqui nada custa pra sorrir a toa! Nem vem que é mato que aqui tem de monte Dinheiro é grosso e corrompe os homi Bem, vim do sul, campão é o codinome Do espinho o cacto à fruta do conde Bala de prata mata os lobisomi Que no volante se acha super-homi Nem vem que tem e o meu é no meu nome E se não for vai ver se eu tô bem longe Ô vida boa, continua fazendo um do bom na lagoa! Ô gente boa, não se assusta que aqui nada custa pra sorrir a toa! Gambé na roda abaixa alto-falante Guarda-sacola, cuida dos flagrante Venho da escola onde o campo é grande E um tereré nunca fica distante Lembra a memoria ainda de elefante Corpo fechado e alma de gigante A fonte é ouro puro diamante O pôr do sol brilhando no horizonte! Ô vida boa, continua fazendum dum bom na lagoa! Ô gente boa, não se assusta que aqui nada custa pra sorrir a toa! Essa é a minha cidade tem tudo isso na rua Banana pra macaco deixa o bicho vai pegar Cê sabe, não sabe? já disse é cada um na sua Malandro que é malandro faz a morena sambar Faz parte da minha cultura logo desembucha Muleque da quebrada bate, apanha, estica e puxa Aquele que começa e é dificil de parar O sol que te aquece junto com brilho da lua! Ô vida boa, continua fazendum dum bom na lagoa! Ô gente boa, não se assusta que aqui nada custa pra sorrir a toa!