Escapo da morte pois não tenho sorte Escalpo num pote, alguém que suporte Um corte que sangra estancado na cama Não busco a fama, não busco a fama Sou descartável me jogue no lixo Nada saudável você sabe disso Não sou estável, meu nível abisso Me arrasto no piso Dor disfarço com riso Preciso da droga Isso nunca vai embora Tampouco melhora Desculpa a demora Me culpa por tudo Me encontra no fundo esperando a hora Sem sentido esse loop infinito Na treva onde habito Perdendo fluído Tá tudo fodido Futuro mendigo, mendigando alívio Penso em suicídio Me esgueiro em serpentina Produzo a neblina, recuso endorfina Tudo se termina Exterminando maços, fumaceio espaços Sozinho num canto quimando em pedaços Queimando, queimando Quem mandou?