Ando as escuras, sou obra do invisível Álgebra e algoritmos, física Nomes e suas origens Como fatos que assustam Um pouco apagados Mais fatos que assustam Nomenclatura e o descobrir da identidade Atual contexto brusco É tudo mais claro-turvo Fruto da vida noturna Te quero perto taciturna Tempos frios as leves plumas Seus pelos e o desenho pubiano Enquanto me saboto desencanto Acaso a bela ordem dos planetas Emolduro colagem nas paredes Emolduro o volátil triste homem Não seguro das certezas do interno Nasci na data que mudei meu nome Me tornei duplo Arit, Thiago Um decifra as dores do outro Estou leve porem carregado Confuso a acontecimentos próximos A soma de dois seres resultado Indivisível e degradável Biomecânica falível, fato insubstituível Me entreguei ao inevitável A teoria de um cômodo bagunçado Único compartimento Perímetro de um só alcance O primeiro e último capítulo Primeiro e último capítulo Como um rio que corre sem descanso Nada mais será o que já foi A deriva eu não paro Não paro não A deriva eu não paro Não Não que o vento sopre Que o vento sopre Não me derrubará Indiferente ao destino Calendário úmido tal garoa fina Cai do céu, agulhas de vinil Cabelos em chamas Aos berros chutando pedras Não verás cinzas Passo a passo de formiga O quarto é escuro e eu sozinho Esperando o sol nascer Porque dormir é um crime A pergunta: o que é isso? As luzes se apagam e poucos brilham Pois, tudo é questão de ritmo Possível Frequência cardíaca A beira do mar como um rosto na areia Água que perde-se Não repousa Dos galhos a minha face despenca e germina Pois, o labirinto é de espinhos e o chão é falso Há o deserto atravessado pelo enigma do Oasis Mas e se a pele não cede e os olhos têm sede? Quem não se perde não entendeu o princípio Não arranco asas nem espero criar raízes Ergo o crânio contra a tempestade Mesmo que esteja a ela acorrentado Um arco à beira do disparo O coração a galope quase para Além de que tudo renasce Não verás cinzas onde não há disfarce Com o incêndio me trajo Primeiro e o último capítulo Primeiro e o último capítulo ♪ Como um rio que corre sem descanso Nada mais será o que já foi A deriva eu não paro Não paro não A deriva eu não paro Não