Cego a atmosfera e sumo Drogas não bastam Perdi o teto, o chão e a máscara Sinto-me só Nunca estive intacto A ponta da bala evidencia a fé Talvez o ouro alivie Pânico devora o dorso arisco Cartões de crédito e compras a vista Grudo nas crinas do destino A galope, quase caio Coração na ponta da espada Passava trote pra polícia Mas hoje eles me matariam por menos de um fino Um passo em falso Camisa do Vasco anos 2000 Antes de ser vice Antes de ser vítima Antes de ser visto como indomesticável Semente em ventre seco Sempre contra o erro Já estive no mar como num abismo Almejando terra firme e alimento Hoje planto e espero Destino implacável Não sabes de onde venho Nem o que comigo trago Entre o vento que apaga E o que nutre o incêndio Mesmo caído disparo Destino implacável Não sabes de onde venho Nem o que comigo trago Entre o vento que apaga E o que nutre o incêndio Mesmo caído disparo Cá estou Então deixo acontecer O horizonte é tudo que tenho Nos meus olhos, cidades queimam Tentas o bote Imune ao veneno Terapia do espelho Tire a venda dos olhos Aparição no escuro A procura da alma Implacável destino Paralisia da bússola Sozinho Mas talvez com Deus Uma cama de pregos Um travesseiro de pulgas Um guerreiro faz seu nome com cicatrizes Mas tu não te ajudas Suor e sangue contra o Judas A lâmina e o sangue-frio Em mãos o calor do sol O milagre é um trajeto e só Longa paciência E depois escorre a água Dói a vida Nobre, é aquele que ainda vibra Olhar pra trás e levitar sobre ruínas Mirando novos caminhos Destino implacável Não sabes de onde venho Nem o que comigo trago Entre o vento que apaga E o que nutre o incêndio Mesmo caído disparo Destino implacável Não sabes de onde venho Nem o que comigo trago Entre o vento que apaga E o que nutre o incêndio Mesmo caído disparo